Capsulite Adesiva

capsulite

A capsulite adesiva ou ombro congelado é uma doença que acomete a cápsula do ombro, causando contratura e diminuição do volume líquido intra-articular. Ela pode ser idiopática, ou seja, sem causaou ser secundária a alguma lesão como fratura/cirurgia do ombro ou próxima ao ombro.
Acomete em torno de 2% da população, sendo mais comum entre as mulheres de 40-70 anos. Geralmente é unilateral, comprometendo os 2 ombros em 20-30% dos casos. Raramente é recorrente no mesmo ombro.
O principal fator de risco é a imobilização prolongada, devido a trauma ou qualquer dor no ombro. Outros fatores de risco muito importantes são o hipotireoidismo e o diabetes.
O quadro clínico é dor no ombro associado com diminuição da movimentação ativa e passiva do ombro, com piora da dor no período da noite e ao deitar sobre o ombro. Os principais movimentos dolorosos são de rodar (mulheres tem dificuldade para abotoar o sutien e os homens tem dificuldade para pegar a carteira) e o de elevar o ombro.

O OMBRO CONGELADO PODE SER DIVIDIDO EM FASES:

1 – Dolorosa: Dor persistente no ombro, podendo durar de semanas a meses.
2 – Congelamento: Redução do movimento do ombro, durando de 4-12 meses,
3 – Descongelamento: Melhora gradual do arco de movimento, podendo durar alguns meses
4 – O diagnóstico é clínico, ou seja, não precisa de nenhum exame para confirmar o diagnóstico. Geralmente precisa ter um ombro doloroso rígido por pelo menos 4 semanas, com restrição dolorosa de movimento.

A radiografia pode mostrar uma osteopenia difusa nos casos crônicos. A ressonância magnética pode ajudar a evidenciar uma inflamação e a contratura da cápsula articular. Os exames de imagem servem principalmente para excluir outras patologias.

O tratamento é não operatório na imensa maioria dos casos e consegue obter ótimos resultados quando bem realizado. Existem diversas opções de tratamento para cada fase da capsulite. Como princípios gerais, na fase dolorosa devem ser realizados tratamentos para diminuição da dor e inflamação, e na fase de rigidez o tratamento é voltado para o alongamento e ganho de movimentação. Um erro comum é a de realizar alongamentos de forte intensidade na fase dolorosa, tentativa essa que pode piorar e prolongar essa fase. Dentre as opções de tratamento para a fase dolorosa, estão os anti-inflamatórios não hormonais, corticóides (via oral ou injetável), acupuntura, infiltrações intra-articulares com corticóide ou os bloqueios do nervo-supraescapular. Cada opção tem suas vantagens e riscos e deverá ser individualizada pelo médico. A cirurgia raramente é necessária nessa doença e na fase aguda inflamatória deve ser evitada

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